Frederico Morais - A usina criativa de Franz Weissmann - 1994
"1. A imagem
que quero guardar de Franz Weissmann, hoje com 80 anos, é a de
um homem quieto, que vive calado no seu canto, como se estivesse
sempre a ruminar pensamentos e obras.(...) |
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Entrevista à Revista Gávea - 1996
"(...) Eu já comecei em ferro. Comecei já em vergalhões de ferro, chapas de ferro... Saindo aos poucos do figurativo. Até as minhas pinturas começaram a ser geometrizadas. Então já não era mais figura. Já tinha um conceito geométrico. Aí comecei a furar o cubo (...) Achei que a figura geométrica mais simples era o cubo. Foi depois que vi as obras do Max Bill. (...) o Van Gogh foi o meu primeiro iniciador. Quando eu descobri a pintura de Van Gogh fiquei assim num estado de febre. (...) Calder, para mim é importantíssimo. Ele está no outro caminho, mas para mim é um dos grandes escultores.(...) Fontana foi importante para mim e uma descoberta (...) O Pevsner foi muito importante, ...construtivista. O Brancusi, claro. (...) Para mim a Lígia Clark foi muito importante. Uma artista muito avançada no tempo. (...) Agora com a nova tendência da informática... a doença do computador, a escultura virtual é a que aparece numa tela, não é? (...) A arte existe desde que o homem nasceu nesse mundo e ela continuará existindo de uma forma ou de outra" |
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Edla Van Steen - Poetas do espaço e da cor - 1997
"(...) Trabalho para tentar me livrar do caos e do sofrimento do mundo (...) Há quem pense com música, há quem pense com palavras, há quem pense com imagens, há quem pense com formas e cores. (...) Acho muito difícil formar conceitos e teorias. (...) Confio mais na intuição que na inteligência (...) Não quero me perder em especificar as influências que todos nós sofremos até encontrar nosso próprio caminho. Não se pode nascer do nada. Tudo que nasce, nasce de alguma coisa. (...) Eu sempre quis ser pintor. (...) No Brasil é difícil porque não somos encaminhados para desenvolver as nossas vocações.(...) As crianças não são estimuladas, principalmente se são pobres.(...)" |
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Ronaldo Brito - Discreta épica da forma - 1998
"Décadas de exercício coerente transformaram a obra de Franz Weissmann quase em sinônimo da moderna escultura urbana brasileira. (...) Ali, à vontade no que pessoalmente considero o seu autêntico habitat, as ruas e parques dos grandes centros urbanos, uma escultura de Franz Weissmann constitui um feliz paradoxo: a miragem concreta. Feita da mesma matéria anônima da arquitetura ao redor, confiante na sensibilidade comum, prenúncio de cosmo meio ao caos, ela atrai o nosso olhar para detê-lo num instante de reflexão visual autônoma. (...)" |
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