As esculturas de Weissmann já integram a paisagem de várias capitais brasileiras e, por sua beleza altiva e vigorosa, vão se transformando em marcos da cidadania, em signos urbanos. (...) Num dos seus textos utópicos dos anos 60, Mário Pedrosa fala de uma "revolução da sensibilidade", que seria a grande revolução, a mais profunda e permanente. Mas alertava: "não serão os políticos, mesmo os atualmente mais radicais, nem os burocratas do Estado que irão realizá-la". Se essa revolução se realizar, será comandada por artistas do porte de Weissmann. Com suas esculturas urbanas, ele não está educando o olhar do público apenas no âmbito do universo artístico. Eu o vejo reeducando o olhar do público em relação a todo meio formal da cidade. Ver e compreender uma escultura de Weissmann significa ver e compreender a beleza de outras estruturas existentes na cidade, aquelas naturais, de que a paisagem do Rio é tão farta, como aquelas que estão sendo construídas pela indústria e pela tecnologia. E principalmente significa compreender aquelas estruturas, aparentemente informes e imprecisas, mas que são permanentes e absolutamente necessárias à vida social e aos indivíduos: democracia, liberdade e beleza. A usina criativa de Franz Weissmann - Frederico Morais - Revista Piracema -1994 |